
Apesar de ter algumas características semelhantes ao transtorno afetivo bipolar do tipo dois, no transtorno Borderline, as oscilações de humor ocorrem com maior frequência, às vezes até em questão de minutos ou horas. Além disso, os traços depressivos do Borderline se caracterizam por sentimento de vazio e solidão; e raramente se manifestam juntamente com sentimento de culpa, autoacusação e/ou remorso.
Suas causas não são bem elucidadas, mas percebe-se que existe uma forte influência genética, associada a vivências traumáticas, sejam elas reais ou imaginárias, durante a infância; e stress ambiental, geralmente relacionado às relações familiares ou no trabalho. Alguns estudos apontam também uma redução do volume da amígdala e do hipocampo em pacientes com esse transtorno, mas ainda não se sabe se tais características estão relacionadas às suas causas ou às suas consequências.
As manifestações dos sintomas se iniciam, geralmente, na adolescência, e não regridem, a não ser que seja feito o tratamento, e de forma correta.
Quanto a ele, na maioria dos casos é necessário o uso de medicamentos, associado à psicoterapia. Essa última é imprescindível, mas exige paciência, persistência e disciplina; e deve ser feita por bons profissionais, já acostumados com esse tipo de transtorno, uma vez que não é fácil lidar com as mudanças repentinas de humor, cobranças, acusações e atos depreciativos que os mesmos podem dirigir àqueles com que se relacionam – inclusive o terapeuta.

Por Mariana Araguaia
Nenhum comentário:
Postar um comentário